segunda-feira, 23 de julho de 2018

Dia 23, Estrada, Serra e Frio: Campos do Jordão


Café tomado, mala refeita e pé na estrada.


Saímos de São Paulo umas 9h; tinha feito uma rota ainda no CE indo pela Dutra direto, mas o Waze me mandou pela Mário Covas. Sem conhecer nada, fui!

Realmente tem a vantagem de não pegar trânsito, porém aumenta um pouco o trajeto e você passa por mais 2 pedágios (que somam quase R$ 10,00 a mais). Como já estava na chuva, me molhei. Viagem tranquilíssima, basta ir reto e seguindo as orientações das placas, não há erro.


Chegamos por volta de 12h e o primeiro impacto é a arquitetura da cidade. Belíssima. Procurei restaurantes nas redondezas do hotel, para almoçarmos antes do check-in, de cara encontramos o local onde iríamos almoçar a semana toda. O restaurante Nosso Tempero é pequeno, voltado para os locais, mas com um cardápio e atendimento maravilhoso. Buffet de saladas sempre muito completo e todo dia com proteínas e massas diferentes com opção de prato executivo ou self-service a R$ 38,00 o quilo. Excelente.

Dica: Como chegar lá? Na avenida principal de Campos, no sentido portal-centrinho, assim que avistar o Banco do Brasil e Itaú (que ficam do lado de lá da linha do trem) você vai virar na primeira à direita e depois a primeira à esquerda, fica bem no meio da quadra. (R. Brg. Jordão, 404 - Abernéssia - (12) 3664-1824)

Ficamos hospedados no Bike Ville, um conjunto de chalés, muito aconchegantes, enormes, com capacidade para até 8 pessoas, cozinha equipada, lavanderia e todos feitos com madeira e outros materiais de reaproveitamento, inclusive dormentes da linha do trem sendo utilizados como colunas ou vigas de sustentação. Muito charmosa e sempre com um toque de bicicletas, também reaproveitadas, na decoração.

Isso porque a pousada recebe muitos ciclistas em busca de trilhas na Mantiqueira, o proprietário é um ciclista e apaixonado por bike, bem como você encontrará lá durante sua estadia os andarilhos do Caminho da Fé. É um local bem simpático, com funcionários e proprietário receptivos e solícitos, bem atrás da Igreja Matriz de Sta. Terezinha, pertinho da avenida principal, na Abernéssia.

Amamos o local, a localização, a vista, só que os quartos não tem aquecedores. Tem manta e cobertor de sobra e para nós foi suficiente, mas fiquem cientes da ausência desse equipamento.

Ainda pela tarde iniciamos a jornada em Campos do Jordão. Primeira parada: teleférico e Morro do Elefante. O teleférico custa R$ 17,00 por pessoa ida/volta e te leva até o alto do Morro do Elefante. Bela vista da cidade, um café, umas barraquinhas de indígenas (?) com lembranças da cidade e o Parque dos Elefantes, uma espécie de "memorial" do animal. Você entra de graça, tem umas curiosidades sobre elefantes, umas estátuas para foto e na saída te oferecem um chaveiro com uma foto sua tirada na entrada do "memorial", custa R$ 10,00 e é opcional.


Dica: Nem todo mundo tem coragem de subir o Morro através do teleférico, como uma moça que cruzou com a gente, que arriscou subir e no caminho gritava "Meu Deus! Minha alma não está em paz comigo mesmo". Se seu sistema nervoso não permite a tentativa, tem como chegar lá em cima de carro. Mas saiba, o que mais vale a pena nesse passeio é a adrenalina das cadeirinhas!


De lá seguimos para o Bosque do Silêncio. É um parque com entrada gratuita, trilhas e um café bem gostoso de ficar por lá. A Altus Turismo é a empresa que proporciona algumas atividades no Bosque, como aluguel de bicicleta, tirolesa, arco e flecha, entre outras, porém, todas pagas.

Fizemos uma trilha, com calma para observar a natureza, tirar fotos e tentar a sorte de ver um esquilo. Essa sorte não tivemos. Um chocolate quente no café para recuperar as forças e rumamos para a Ducha de Prata, que é bem do ladinho.

Lá tem barraquinhas vendendo de tudo, desde roupas, casacos e luvas à lembranças, cafés e passeios. A Ducha de Prata é um conjunto de quedas d'água, naturais e por barragens bem bonitos, para tirar fotos bacanas. Tem uma trilha também que creio dar no Bosque do Silêncio, mas não nos aventuramos.

Seguindo pela mesma estrada, um pouco mais longe, chegamos ao Pico do Itapeva, de onde se passa dos 2.000 metros de altitude e se avista boa parte do Vale do Paraíba. Não sabíamos, mas o antigo mirante estava fechado e tinham construído outro, privado, com valor de R$ 20,00 por pessoa e mais R$ 10,00 pelo carro, achamos um absurdo. Vimos alguns carros parados na estrada, em um local que proporcionava uma boa vista e lá mesmo contemplamos a paisagem e tiramos fotos. Pôr-do-sol, que era a meta, babou.

À noite todos os caminhos levam ao centrinho de Capivari. Restaurante e barzinho para todos os lados, com opções de tudo, desde o pastel do Maluf, aos cortes de carne mais caros do mundo. Na saída do hotel, alguns hóspedes pegavam informações de onde comer, me juntei e indicaram o San Giovanni, que ficava no caminho do centrinho e que era bem mais em conta.

O San Giovanni fica na avenida principal, porém, é pequeno, tem uma placa discreta e se não prestar bem atenção, você nunca o encontrará. Demos duas voltas, mas achamos. O Fondue lá é simples, somente pão e batata frita com queijo e frutas com chocolate, por isso mesmo é tão barato, R$ 29,90 por pessoa. Simples, mas muito bem servido. Comemos acompanhado de um Miollo. Lá também servem truta, massas, filés e pratos executivos, enfim, Restaurante simples, aconchegante, mas não recomendo o Fondue por já ter comido outros bem melhores, claro, por mais do dobro do preço. Não estava ruim, apenas simples. Se não quer gastar muito, pode ser uma boa pedida.


De lá batemos perna no centrinho, mas o frio baixou avassaladoramente e praticamente nos mandou de volta para o hotel, com muita fumacinha saindo da boca.

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