quinta-feira, 19 de julho de 2018

Dia 19, Além da história e da arquitetura colonial




Vista do TJ-SP de dentro do Pateo do Collegio
Acordamos cedo para enfrentar o centro de São Paulo. Pegamos um ônibus (R$ 4,00 a passagem por pessoa), rápido e eficiente, devido aos corredores exclusivos e em cerca de 40 minutos estávamos no Centro.


Descemos bem atrás da Sé e logo o primeiro impacto. A enorme quantidade de moradores de rua e usuários de drogas, apesar de tudo muito bem policiado. Com a tentativa de acabar com a Cracolândia, imaginamos, muitos usuários estão sem lugar certo para perambular e um desses lugares é a Sé. Tivemos medo, mas fizemos todo o trajeto ao lado de dois policiais. Um local tão bonito, mas que não nos permitiu sequer tirar uma foto. Repito, há bastante policiais no local, no entanto, a presença dos usuários de droga incomoda muito.

Tomamos café numa padaria simples e aconchegante, próximo dali, esquina da rua Benjamin Constant e calçadão da Quintino Bocaiúva. Acho que se chama Novo Ponto Café, não lembro de placas. Preço justo, muitas opções e com segurança privada na calçada.

Foto da padaria, vista pelo Maps.

Dali direto pra 25 de março, entramos pelo Largo de São Bento e foi aquela "bateção" de perna. Primeiro olhando tudo e guardando preços. Fomos na Galeria Pagé (mais eletrônicos), no Shopping 25 (mais roupas e acessórios) e nas lojas de rua.

Próximo ao meio-dia fomos ao Pateo do Collegio, uma construção jesuíta secular (claro, hoje é quase totalmente reformada) que abriga um pouco da história de São Paulo e do Brasil. Era uma escola para catequizar índios desde meados do anos de 1550 e evoluiu junto com a cidade. Hoje abriga museu, biblioteca e café. Tem ilustrações, fotos e documentos que mostram o desenvolvimento de SP. Ingresso é baratinho, apenas R$ 8,00 e aceita meia-entrada de estudante.

Grata surpresa: No caminho para o Pateo, quase em frente, encontramos um grupo de fanfarra, os Globeshakers Project. Assistimos um pouco e seguimos, depois conheci melhor o projeto, segue o link, faça o mesmo: http://globeshakers-project.org/pt/



Antes de "musear", conhecer o mausoléu do Padre Anchieta (cujo restos mortais não estão mais lá e abriga uma exposição itinerante com pinturas da cidade) e a biblioteca que também leva o nome do Padre, almoçamos no Café do Pateo, restaurante dentro do prédio. Ambiente bacana e preço razoável. Pedimos duas saladas com mix de folhas, um molho, uma fruta, alguns acompanhamentos, como torta de carne seca ou quiche de alho poró. Tudo fresco, saboroso e bem servido, com uma sprite por R$ 77,00.


Servem expressos, cappuccinos e pães de queijo enormes também!

A visita vale muito pelo lado histórico. Fica bem em frente ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e ao lado do Solar da Marquesa, um edifício histórico, considerado o último exemplar remanescente da arquitetura residencial urbana do século XVIII na cidade de São Paulo, dividido em 2 museus: Museu da cidade de São Paulo e Casa da Imagem de São Paulo. Nos decepcionamos tanto com o primeiro, que nem entramos no segundo. O Casarão é lindo, a arquitetura e o peso histórico que carrega são sensacionais. Contudo, fomos interessados em conhecer mais da vida da Marquesa, seu romance com D. Pedro, histórias do próprio casarão, mas pouca coisa tinha além de alguns utensílios domésticos antigos. Tinha uma exposição sobre Yolanda Penteado, não desmerecendo-a, mas nosso interesse era outro. Quem vai conhecer o Pateo, vale o pulo no Solar, pela proximidade e pela entrada gratuita.

Bem, hora de seguir para o Mercado Municipal cruzando novamente a 25 de março, mas dessa vez apenas passando nas lojas de interesse para comprar as bugigangas já pesquisadas pela manhã.

Dica: Pela manhã um kit com seis pares de meia estava R$ 19,90, a tarde encontramos outro kit, com 12 pares por apenas R$ 10,00, ou seja, no período da tarde, o preço dos vendedores de rua (não de loja) vai diminuindo (não me questione sobre a qualidade).

Enfim, no Mercadão. Na entrada fomos abordados pelos vendedores de frutas, na primeira barraca comemos algumas coisas e conseguimos nos livrar. Na segunda barraquinha o vendedor foi extremamente competente. Foi empurrando fruta atrás de fruta. Morango com tâmara, uvas de todo tipo, toranjas, lichias, cerejas, maracujás doces e sem acidez, fora outras que nem sabíamos os nomes: "kiwi banana", "maça pêra" e por aí vai. Comemos demais, muito mesmo. Me compadeci da insistência do pobre rapaz. Na barraca o preço único é R$ 89,90 o quilo. Você escolhe as frutas, ele pesa na bandejinha e pimba... Ficamos R$ 77,00 reais mais pobres com meia dúzia de frutas diferentes. 

Valeu porque comemos muito lá, experimentamos diversas frutas diferentes, levamos algumas pra casa e porque éramos turistas, ou seja, isso acontece uma única vez na vida.

Como chegamos no fim de tarde, parte das bancas do Mercado já estavam fechando, olhamos algumas de frutas, temperos, pernis e presuntos, tudo muito bonito, de qualidade e grandioso, mas fomos em busca do sanduíche de mortadela, o famoso. Comemos na Paulistana (não no Rocca) por já estarmos nela, não ter fila, por acharmos que o sabor seria parecido e por já estarmos muito cansados.


Ele é grande mesmo hein! Pedimos o tradicional com queijo. Muito saboroso e custou R$ 28,00.

Dica: Se o intuito é experimentar, um sanduíche dá tranquilamente para duas pessoas, pois é bem servido. Se estiver com muita fome, vale um para cada.

Pertinho tem parada de ônibus e foi o que fizemos, fomos e voltamos de transporte público, eficiente e rápido. À noite, devido ao cansaço e de Uber, fomos numa cervejaria próximo a CGH, a Viva Tap House. Os caras são novos, mas tem 20 bicos de chope com cervejas artesanais das mais variadas e um preço mediano. É um ambiente pequeno, simples, mas aproveitei para experimentar uma cerveja diferente e assistir o jogo do verdão na TV.

Pertinho, tem outros barzinhos, cafés e restaurantes, comemos uma banana quente no Terra Fruta e fomos pra casa. Amanhã tem mais.

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