sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dia 9, quatorze dias de céu e um de inferno.



Esse é o único dia que Monika e eu queríamos esquecer da viagem. Não pelo fato de ser o dia de voltar pra casa. Mas sim, porque nosso café da manhã foi um FURTO.


O ônibus desembarcou no terminal do Retiro, já em Buenos Aires, às 6h. Ficamos na dúvida se iríamos direto pro aeroporto ou se íamos tomar café no Hitz (saudade da medialuna de lá). Tínhamos tempo e então decidimos ir pro Hitz.

Íamos pegar um metrô, porém, ele estava fechado, por ser muito cedo. Ficamos na fila esperando. Nosso erro! Coloquei as malas das lembranças e do notebook no chão para descansar os braços. Nesse momento um tiozinho cutucou a Monika e perguntou se o dinheiro no chão não era dela, ela assustada foi apanhar o dinheiro. Ao mesmo tempo uma tiazinha me cutucou e perguntou se tal ônibus não passava lá, falou do dinheiro no chão também, enfim, nos distraíram e uma terceira pessoa pegou a mochila do notebook.

Corri atrás, a Monika gritou, chorou. Não conseguimos nada. Há um posto da polícia a menos de 50 metros do local, mas a polícia demorou, não fizeram nada, só algumas ligações e ficaram pedindo pra gente se acalmar, blá, blá, blá... Depois de 1 hora chegou uma viatura da polícia federal argentina, que nos levou para uma delegacia para fazer um B.O., resumindo, igual, se não pior que a polícia brasileira.

Com essa loucura, perdemos a noção do horário do voo e quando olhamos, estávamos atrasados. Pegamos um táxi às pressas, mas perdemos o voo.

Bem, a Gol realocou a gente pra outro avião que saía 5 horas depois do nosso voo original, com várias escalas e conexão. Chegamos em Fortaleza na madrugada do dia 10, mas o avião estava impossibilitado de pousar por causa da chuva. Muita turbulência, água na pista e o piloto arremeteu a 20 metros do chão. Fomos parar em Recife. Só retornamos 6h30m, ainda debaixo de chuva, mas pousamos.

Este foi um dia infernal, em que tudo deu errado. Perdemos o notebook, com as fotos da Argentina, os alfajores, um casaco e minha carteira com cartões de crédito, um pouco de cada moeda de cada país, alguns documentos e pertences pessoais, perdemos o voo, a tranqüilidade, a paciência e, com esse atraso, perdemos também um dia de trabalho.

No entanto pessoal, esse acontecimento não apagou o brilho da nossa viagem de lua de mel. Manchou um pouquinho, mas não apagou. E ainda serve de dica pra você que pretende visitar os hermanos. Evite o Retiro ou só de taxi. Não dê bobeira. Nós aprendemos a lição e em nossa próxima viagem estaremos mais ligados, com certeza.

Um forte abraço a todos que acompanharam nossas peripécias na Argentina e no Chile. Afinal, somos dois cearenses, que mal falam espanhol e inglês, funcionários públicos que não estavam de férias de suas obrigações e que conseguiram desbravar as fronteiras de países estrangeiros e também nossas próprias fronteiras e limitações. Se você quer conhecer outro país, mas ainda tem medo: ponha sua casa nas costas e vá.

“O mundo é muito grande, mas ele cabe na palma da sua mão.”

Nos encontramos em outras aventuras.

Amanhã é dia... de voltar a realidade.

 Foto do dia: Apesar dos pesares

Um comentário:

  1. A caminho de Tigre, a 30 km de Buenos Aires... Valeu muito pelas dicas!!!
    Felicidades!!!

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